Um lugar tão bonito e glamoroso... nem parece que esconde tantos mistérios...
O Castelo de Edimburgo
O Castelo de Edimburgo, localizado na Escócia, é um dos maiores palcos de turismo ao redor do Mundo, sua arquitetura além de sombria e gótica, é extremamente rica em detalhes. Há estátuas, brasões e figuras medievais esculpidas. O local está cercado de uma energia histórica e grotesca, a fortaleza militar está de pé desde a Idade Média, foi construído por volta do Século 12, além disso, ele está em cima de um vulcão extinto, garantindo uma vista exuberante para toda a cidade. Comumente sabemos que um lugar tão antigo sempre tem muita história pra contar.
A Capela de St. Margareth e o Grande Salão
A entrada do castelo é representada com as estátuas de William Wallace e Robert the Bruce, dois grandes heróis nacionais. Há também a Capela de St. Margareth que é a parte mais antiga do castelo, foi construída em 1130, por incrível que pareça, incrivelmente se passaram quase 10 séculos e ela continua em ótimo estado de conservação, sendo até mesmo utilizada para batismos e casamentos nos dias de hoje. Há um palácio real localizado dentro do castelo, lá, existe um quarto onde Mary Stuart deu à luz ao seu filho James, o qual mais tarde viria a se tornar o Rei da Escócia e da Inglaterra (já que Elizabeth I morreu sem filhos).
Ao lado do palácio está presente o grande salão (The Great Hall), onde antigamente ocorriam bailes e jantares. Hoje já é responsável por abrigar algumas armas e armaduras. Há também um Museu Regimental, um Memorial Nacional de Guerra, algumas Prisões, uma Suástica Secreta, um Cemitério de Cachorros, uma Pedra Mística e por fim, um Poço das Bruxas, uma póstuma homenagem para todas as mulheres que foram queimadas ali na Idade das Trevas.
A Pedra do Destino

Localizado dentro de uma sala-cofre, estão expostas as joias da coroa, usadas na coroação dos reis, junto das coroas, espadas e da Pedra do Destino; que é considerado o objeto mais precioso do país. A sua origem é desconhecida, mas teorias apontam que ela pode ter vindo da Irlanda através dos imigrantes celtas. As pessoas da época acreditavam que esta pedra obtinha poderes mágicos e que era especial de certa forma, e era por este motivo que o objeto era utilizado na coroação dos reis, onde os mesmos se ajoelhavam sobre ela, ou então a deixavam por perto para conceder uma suposta superstição.
Desde que se tem registros, todos os reis da Escócia foram coroados juntos à Pedra do Destino, e quando as coroas da Inglaterra e da Escócia se uniram, os reis ingleses também adquiriram este costume. Isso era uma forma de legitimizar o poder dos reis, pois os escoceses não reconheceriam um rei que não fosse coroado com a pedra. Desde o Século 8, a Pedra do Destino é simbolicamente colocada embaixo do trono da coroação.
Logo após a unificação, a pedra foi levada para Londres e guardada na Abadia de Westminster, porém, em 1950, alguns estudantes escoceses a roubaram e trouxeram de volta para a Escócia. Mas, os ingleses conseguiram recupera-la a tempo de coroar a Rainha Elizabeth II, em 1953.
Há quem diga que a pedra foi trocada por uma réplica durante este roubo. A teoria diz que a verdadeira Pedra do Destino estaria escondida em algum lugar remoto da Escócia, e de que Liz II teria sido coroada sobre uma imitação barata da mesma. Em 1996, os escoceses bateram o pé e a pedra voltou de vez para a Escócia e está presente ali até hoje, no Castelo de Edimburgo, junto com as Joias da Coroa.
O Castelo de Edimburgo foi a moradia dos primeiros reis e rainhas escocesas. Ele ocupou um papel relevante na história do país, tendo servido também como fortaleza e prisão militar. E como todo o castelo medieval, acabou sendo construído e reconstruído ao longo dos seus 900 anos de existência, durante o qual foi constantemente objeto de disputas, sobretudo entre escoceses e ingleses. Hoje, o que sobrou do castelo resulta em parte das construções de cunho militar ocorridas no século 17.
O Lado Obscuro do Castelo de Edimburgo
Mas como nem tudo são flores, em diversas ocasiões, visitantes afirmaram presenciar eventos paranormais; como um fantasma que toca uma gaita de foles, um outro tocador de tambor que não tem cabeça, fantasmas de prisioneiros de guerra, e até o fantasma de um cachorro próximo ao cemitério dos cães.
Na cidade antiga de Edimburgo existe um sistema de tuneis subterrâneos, e uma delas liga o castelo à avenida principal – Royal Mile. Reza a lenda que quando esses centenários túneis foram descobertos, um gaiteiro foi mandando ao subterrâneo para explorá-los. E para que pudesse ser rastreado, ele caminhou tocando a sua gaita de fole, até que a música foi subitamente interrompida. Uma equipe de resgate foi então a sua procura, porém ele nunca mais foi visto. Dizem que seu espírito perambula pelo subterrâneo e a sua música ainda pode ser ouvida por quem se atreve a passear pelos túneis.
Não bastasse esse conto, de fato, o Castelo de Edimburgo protagonizou um passado sangrento, e por isso, dizem que outras almas penadas também habitam os seus aposentos.

Além de inúmeros prisioneiros capturados nas guerras, incluindo doze piratas do Caribe, cerca de 300 bruxas também teriam sido julgadas e queimadas na esplanada do castelo no século 16. Um memorial foi construído para as moças por conta disso. O Castelo de Edimburgo abrigou prisioneiros de guerras entre os séculos 18 e 19, incluindo a guerra dos sete anos, as guerras napoleônicas e até a mesmo a primeira guerra mundial.
Por conta dessas e de outras razões, sobretudo dos relatos de ocorrências de fenômenos paranormais, os quais incluem sons e visões, o Castelo se tornou um alvo a ser estudado por uma equipe da Universidade Inglesa de Hertfordshire. E por incrível que pareça, o estudo indicou que o lugar possui mesmo atividades paranormais.
O Estudo de Hertfordshire
Na semana de 06 de abril de 2001 aconteceu em Edimburgo uma das maiores investigações científicas sobre fenômenos paranormais já realizada.
É bom salientar que o Castelo de Edimburgo não foi o total privilegiado, a viela Mary King´s Close e as Caves de Edimburgo que estão localizados na mesma cidade também foram alvos para os estudos. Cerca de 240 voluntários liderados pelo psicólogo Dr. Richard Wiseman, da Universidade Inglesa de Hertfordshire, participaram do experimento. Estes voluntários foram distribuídos por esses locais e pelos túneis subterrâneos que existem embaixo do Castelo acompanhados pelos mais modernos equipamentos de caça-fantasmas. Mesmo sem conhecimento prévio da existência do passado mal assombrado destes locais, quase metade dos participantes relatou ocorrências sobrenaturais exatamente nos locais que possuem tal fama. Dentre as ocorrências estavam: quedas abruptas de temperatura, vultos, sensações de ardência no braço, escopofobia e uma sensação de toque físico.