Arte Negra
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A Necromancia trata-se da previsão do futuro através da comunicação com os mortos. Esta arte negra possui o seu surgimento em meio às práticas religiosas das civilizações da Antiguidade, de Grécia, Roma e Pérsia. A cerimônia mais tradicional vem dos próprios gregos antigos, e é até mesmo mencionada na Odisseia. O geógrafo e historiador grego Strabo faz referência à Necromancia como a principal forma de adivinhação entre os persas, sendo uma prática que era comum entre adivinhos, ocultistas e magos da Idade Média e do Renascimento.
Basicamente, o praticante deste ritual convoca um espírito de determinada pessoa já falecida por meio de uma aparição, ou ressuscitando o cadáver do mesmo, passando a interrogar aquele ente sobre acontecimentos futuros. Para convocar o morto, o mago necessita da ajuda de entidades poderosas, tanto para sua proteção, quanto para obrigar o espírito a submeter-se à sua vontade. Segundo a tradição, há um período de nove dias de espera a ser observado antes que o ritual possa ser realizado com sucesso. Durante este tempo, o necromante se prepara para a cerimônia com longas horas de meditação sobre a morte, realizando sacrifícios de animais, abstendo-se de sexo, vestindo roupas roubadas de cadáveres, comendo pão preto sem fermento, e bebendo suco de uva não fermentado.
De acordo com alguns grimórios, a carne de um cão deve ser consumida, pois é um animal sagrado para a deusa Hécate, que é responsável por controlar os espíritos, a feitiçaria e a morte. Após os preparativos necessários, o ritual é realizado em um cemitério, começando à meia-noite em ponto. O necromante, de pé dentro de um círculo mágico desenhado em torno de uma sepultura aberta, começa a recitar uma série de encantamentos especiais. Este abre a tampa do caixão e toca o corpo três vezes, comandando o seu espírito desencarnado para reinserir o corpo morto. Assim, o espírito satisfaz o desejo do necromante, dando-lhe as informações solicitadas. O espírito receberá como recompensa o descanso eterno, ao se enterrar uma estaca de madeira através do coração do cadáver, ou queimando suas a cinzas, ou enterrando-o em cal virgem, ou simplesmente comendo sua carne. Os necromantes alegadamente preferem tratar com o recém-falecido (morto há 12 meses ou menos, tradicionalmente), pois suas revelações são ditas de maneira mais clara.
A Bruxa de Endor
Talvez o caso mais famoso envolvendo Necromancia seja o da Bruxa de Endor, este que é um caso que está presente na Bíblia Sagrada, em Samuel 1;28, onde Endor convoca o espírito de Samuel na presença do Rei Saul. O episódio bíblico foi amplamente aceito durante muito tempo como evidência irrefutável da existência da Necromancia.
Um outro episódio de Necromancia que pode ser evidenciado na Bíblia Sagrada, está presente em Deuteronômio 18; 9-12, onde os Israelitas são advertidos a evitar a censurável prática do Cananeus, de previsão do futuro por meio dos mortos.
A BRUXA NECROMANTE DA BÍBLIA
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John Dee
John Dee foi uma figura conhecida por ser conselheiro particular da rainha Elizabeth I. Devotou também grande parte de sua vida à alquimia e à filosofia hermética, eventualmente também envolvido com aspectos da Necromancia.
O CONTATOS DOS HUMANOS COM OS ANJOS
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