Conhecidas no mundo inteiro como parte do imaginário popular, a tradição conta que as Bruxas eram mulheres velhas, narigudas, curvadas, com unhas enormes e uma risada que chegava a dar medo. Elas estão constantemente ligadas à magia, e o verdadeiro poder dessas adeptas envolve o conhecimento da natureza.
Acusadas de utilizarem os feitiços para conseguir atingir os seus desejos, ou de usufruírem de poderes sobrenaturais, a história das bruxas fazem parte de um mistério que ainda sobrevive na trajetória histórica da sociedade. Durante os anos, foi registrado diversos casos em que as bruxas foram queimadas em fogueiras e perseguidas por supostamente se envolverem em rituais satânicos e estarem atreladas aos demônios.
No início da história da humanidade, os demônios eram considerados seres sobrenaturais que vinham à terra com o propósito de ter relações sexuais com as mulheres, e de acordo com as lendas, dessas relações surgiam as bruxas.
Sabe-se que o conceito de magia existe desde a Antiguidade, nas civilizações grega e romana, eles acreditavam que a magia era voltada para o bem, o interessante é que a magia era relativamente bem aceita pela sociedade nesse período da história, especialmente no tratamento de doenças que fugiam do limitado conhecimento científico da época.
Justamente por ocuparem uma posição alienada na sociedade medieval, tornaram-se alvos fáceis da fúria da Inquisição.
As Bruxas na Idade Média
Na Idade Média, a Igreja Católica era o principal pilar da sociedade, e eram os responsáveis por orientar os fiéis à exorcizarem os seus demônios, isso só ajudava à intensificar a manipulação para banir aquelas mulheres que eram consideradas bruxas.
Nessa época, as bruxas eram todas aquelas mulheres que utilizavam a natureza para curar as doenças, sendo desta maneira, consideradas curandeiras. De praxe, elas obtinham uma inteligência superior e esse poder oriundo da magia era usado tanto para o bem, como para o mal.
A Inquisição (1484)
A bruxaria passou a ser violentamente combatida na Idade das Trevas, isso se deu a partir do momento em que as pessoas começaram a confundir os conceitos de práticas mágicas com a religião, originando verdadeiras heresias aos olhos da Igreja Católica. Foi desta forma que a perseguição foi oficializada em 1484, quando o Papa Inocêncio 8 publicou uma bula que passou a tratar todos os praticantes de bruxaria como hereges.
A Inquisição levou a uma verdadeira caça às bruxas, período este, entre o Século 14 ao início do Século 18, onde milhares de pessoas foram torturadas e condenadas à fogueira pelo crime de feitiçaria, sendo que as acusações eram frequentemente ineficazes. Praticamente todas as vítimas eram do sexo feminino, camponesas que além de serem pobres, viviam sozinhas e faziam uso de remédios naturais e ervas medicinais para curar as doenças.
Justamente por ocuparem uma posição alienada na sociedade da época, sem família ou posses, tornaram-se alvos fáceis da fúria da Inquisição. Bastava uma verruga ou cicatriz para serem apontadas como diabólicas, torturadas e obrigadas a confessar suas ligações com o mal. A maioria delas acabavam sendo queimadas vivas em praça pública.
O fim do período de caça às bruxas se deu a partir do Século 17, quando diante de rumores de que sua esposa estaria ligada à prática da feitiçaria, o rei francês Luís 14, tratou de baixar um decreto proibindo aquele tipo de perseguição, iniciativa que acabou sendo copiada por vários monarcas europeus posteriormente.
Infelizmente, para as mulheres, o dom da sabedoria na Idade Média era retratado como um sinônimo de perigo.
Os Registros dos Julgamentos
O livro "European Witch Trials: Their Foundationsin Popular and Learned Culture", de Richard Kieckhefer, traz uma longa e assustadora lista de julgamentos de bruxas a partir do Século 14, como por exemplo, um julgamento de 600 pessoas acusadas de bruxaria na cidade de Toulouse, na França, entre 1320 e 1350, onde 400 delas foram julgadas, sendo que a metade destas foram condenadas e executadas na cidade vizinha de Carcassonne.
Além das torturas, havia ainda os métodos práticos para encontrar bruxas, o mais comum era um teste estranho envolvendo água. Uma mulher era arrastada para um lago ou rio, despida e amarrada, e ao ser atirada, se flutuasse, era considerada uma bruxa (parece brincadeira né?). Entretanto, se afundasse, eles tentavam puxar a moça de volta.
A explicação "plausível" seria de que as bruxas repeliam a água por terem rejeitado seu batismo ao aceitarem Satã, e também diziam que era por serem anormalmente leves. E assim surgiu o teste do peso: se a ré pesasse menos do que se imaginava normal, era bruxa.
A caça às bruxas se tornou a peça número um da denúncia dos iluministas aos abusos da religião e superstição, aos poucos, a loucura iria se arrefecendo. A última pessoa a ser morta por acusação de bruxaria foi Anna Goldi, na Suíça. Esta foi acusada de materializar magicamente vidro e agulhas no pão e leite da filha de Jakob Tschudi, para quem trabalhava como doméstica. A bruxa foi torturada, e alegou ter feito um pacto com o diabo na forma de um cachorro preto que literalmente se materializou do nada. Goldi parece ter sido acusada formalmente de envenenamento, não bruxaria, ainda que a lei não prescrevesse pena de morte para tentativa de envenenamento.
O total de mortos por acusações de bruxaria desde a Idade Média é controverso. A cifra mais baixa, 35 mil, é defendida pelo historiador William Monter, da Northwestern University (EUA). Em seu livro Witchcraze (sem tradução), de 1994, a historiadora Anne Llewellyn Barstow chegou a 100 mil.
Ana Goldi
Ana Goldi, como era conhecida, viveu entre 1734 a 1782, e é considerada a última feiticeira da história de bruxas que é contada na região européia. Proveniente de uma família humilde, Ana era empregada doméstica. Em sua vida teve dois filhos, tendo um deles falecido logo após o nascimento promovendo uma acusação de infanticídio, sendo que ela foi condenada e punida.
Mais tarde, trabalhando na casa de um ministro, foi acusada de enfeitiçar o alimento da filha do patrão com agulhas. Torturada, Ana admitiu utilizar magia diabólica com a menina, dessa forma sendo executada, através do uso de veneno, como punição ao crime realizado.
Consta a lenda que elas ainda estão presentes na terra, porém, muitas utilizam seus dons a fim de ajudarem os seres humanos a se tornarem pessoas melhores.
Malleus Maleficarum (1487)
O Martelo das Feiticeiras ficou conhecido por se tornar uma espécie de manual contra a bruxaria.
O livro "Malleus Maleficarum" é conhecido por pregar que as mulheres são as principais adeptas das superstições malignas, lançado em 1487 por dois monges alemães dominicanos, Heinrich Kramer e James Sprenger, se tornou uma espécie de "manual contra a bruxaria".
Esta obra foi amplamente utilizada pelos inquisidores durante 250 anos, e servia para identificar bruxas, e os malefícios causados por elas, além dos procedimentos legais para acusá-las e condená-las.
O livro divide-se em três partes distintas, sendo que cada parte subdivide-se em capítulos chamados de "Questões". A primeira parte, que contém 18 questões, ensina a reconhecer bruxas em seus múltiplos disfarces e atitudes. A segunda parte traz apenas duas questões, mas a primeira está subdividida em 16 capítulos e a segunda em 8. Esta segunda parte expõe os tipos de malefícios, classificando-os e explicando-os detalhadamente, e os métodos para desfazê-los. A terceira e última parte, que contém uma introdução geral e trinta e cinco questões subdivididas, condiciona as formalidades para agir "legalmente" contra as bruxas, demonstrando como inquiri-las e condená-las, tanto nos tribunais civis, como eclesiásticos.
As teses centrais do Malleus Maleficarum fundamentaram-se na ideia de que o demônio sob a permissão de Deus, procura fazer o máximo de mal aos homens para apropriar-se de suas almas. Este mal é feito prioritariamente através do corpo, único canal em que o demônio pode predominar. A influência demoníaca é feita através do controle da sexualidade, e por ela, o demônio se apropria primeiramente do corpo e depois da alma do homem. Segundo o livro, as mulheres são o maior canal dessa ação demoníaca.
Ainda, a primeira e mais importante característica descrita no livro, responsável por todo o poder das feiticeiras, é copular com o demônio. Portanto, Satã é o "senhor do prazer". Dessa forma, uma vez obtida a relação com o demônio, as feiticeiras são capazes de desencadear todos os males, especialmente impotência masculina, impossibilidade de livrar-se de paixões desordenadas, oferendas de crianças à Satã, abortos, destruição das colheitas, doenças nos animais, entre outros.
A Demonização da Mulher
De acordo com o "Malleus Maleficarum", uma vez obtida a relação sexual com o demônio, as feiticeiras são capazes de desencadear todos os males, especialmente impotência masculina.
A verdade é que esse livro nasceu porque Kraemer era um melindroso, um futricado, alguém que não aceitava bem críticas, não é atoa que anos antes ele havia empreendido esforços para processar mulheres suspeitas de bruxaria, e mesmo encontrando povoados repletos de feiticeiras, as autoridades locais mostraram-se relutantes em fazer qualquer coisa contra elas. Kraemer tentava conectar “desvios sexuais” femininos com a bruxaria, mas sem sucesso algum, muitos espectadores do clero chegaram a afirmar que ele reivindicava algo que não poderia provar, e seus processos foram arruinados. Ele insistiu em tentar reavivar os processos, mas só obteve negativas. Até que, finalmente, recebeu uma ríspida ordem episcopal para sair da cidade, ou ficar e sofrer a ira das famílias cujas esposas e filhas ele tinha ofendido.
Como um religioso culto, maduro e equilibrado, ele escreveu o livro como forma sistemática e abrangente ao descrever as bruxas, seu caráter e comportamento, e ainda expor um resumo das medidas legais e espirituais a usar contra elas. Um dos pontos mais marcantes desta obra é mostrar a bruxaria como algo exclusivamente feminino, os homens que trabalham com as formas populares de magia são chamados de superstitiosi ou de magi, ao invés de bruxos malefici. Ele alegava que os magos não eram bruxos, eles só fazem uso de poderes naturais ocultos, ou são pessoas iludidas pensando que agem sob comando ou influência do demônio, embora claramente eles, ao contrário das bruxas, jamais poderão estar ligados ao diabo, pois isto só ocorre por meio de um pacto explícito selado com a relação sexual.
Nenhum tratado anterior foi tão enfático em mostrar o sexo feminino como instrumento satânico quanto este. Não é exagero afirmar que a obra "Malleus Maleficarum" é o documento responsável pela demonização da mulher, o fato dele ser tão conhecido, é porque trata-se do mais perverso e cruel manual de ódio e tortura contra as mulheres.
O Martelo das Feiticeiras
Conteúdo produzido por "Parabólica"
As Bruxas de Salém (1692)
Outro período significativo quando o assunto envolve julgamento de bruxas, foi um episódio que aconteceu entre os anos de 1692 e 1693, em Salém, Massachusetts, nos EUA.
Durante este período, mais de 200 mulheres foram acusadas de praticar bruxarias, e de fazer pacto com a besta, dessas, 20 foram mortas. Depois de algum tempo, o governo admitiu que matar essas mulheres foi um tremendo de um engano e até mesmo buscou maneiras de recompensar as famílias das vítimas, mas essas execuções continuam a repercutir até os dias de hoje.
Em 1692, apesar de já estarmos presentes diante da Idade Moderna, uma onda cristã espalhou a ideia de que o demônio estava solto em Salém fazendo acordo com bruxas em troca da lealdade dessas mulheres.
A Guerra dos Nove Anos
Detalhe interessante é que um pouco antes do incidente em Salém, mais precisamente em 1689, os ingleses e os franceses disputavam territórios em colônias norte-americanas na chamada Guerra dos Nove Anos, este conflito deixou grandes estragos no norte do estado de Nova York, na Nova Escócia e no Quebec. Como é de se esperar em casos de guerra, muitos refugiados procuraram abrigos em outras cidades, sendo que várias pessoas foram para a Salém Village.
A chegada dos refugiados abalou a economia local, aumentando ainda mais a rivalidade entre as famílias ricas da cidade e as que dependiam da agricultura. Na época, o primeiro ministro de Salém Village era Samuel Parris, conhecido por ser rígido e ganancioso.
A região de Salém era uma colônia britânica, rachada por ataques indígenas e atormentada por pequenos crimes e disputas de terra. Lá, os puritanos estabeleceram um governo em que a Igreja comandava tudo, e como de praxe medieval, a população considerava a mulher submissa ao homem.
Histeria Coletiva
De volta à 1692, durante um inverno excepcionalmente frio em fevereiro, Betty Parris, filha de 9 anos do ministro religioso de Salém, pegou uma doença estranha. A pobre mulher contorcia-se de dor, gritava, sofria de febre e reclamava para o médico do vilarejo que parecia estar sendo picada. Hoje, a ciência tenta explicar a doença como uma combinação de asma, abuso infantil e epilepsia, há também uma outra tese, a qual defende que a garota teria ingerido um fungo presente no pão.
As pessoas costumam atribuir a Histeria Coletiva ao episódio de Salém, considerando que o pânico espalhado transmutou-se em atrocidades.
As coisas começaram a ficar um pouco excêntricas, quando outras seis garotas, incluindo uma prima de Betty, também desenvolveram os mesmos síntomas. Elas se contorciam em poses grotescas e diziam sentir mordidas e beliscadas no corpo, já que na época o conhecimento envolvendo a medicina era quase inóspito, o médico William Griggs sugeriu que a origem do problema seria sobrenatural.
Pressionadas por Jonathan Corwin e John Hathorne que eram magistrados, as garotas acabaram acusando três mulheres de bruxaria, as quais eram; Tituba, uma escrava de Parris, Sarah Good, que era uma moradora de rua, e Sarah Osborne, uma idosa pobre.
A partir da acusação, as três foram interrogadas por vários dias, diante disso, Tituba foi a única a dizer que tinha feito um pacto com o demônio, afirmando ter assinado um livro e garantindo que mais bruxas estavam espalhadas por Salém, com o objetivo de acabar com os puritanos. As três acusadas acabaram presas.
As declarações de Tituba causaram furor em toda a cidade. Ao mesmo tempo, outra acusada de bruxaria, Martha Corey, causou ainda mais pânico. O motivo se deu ao fato dela ser cristã e participar ativamente da igreja local, o que levou as pessoas à acreditarem que se até ela era uma bruxa, qualquer uma poderia ser. Em abril do mesmo ano, os tribunais de Salém julgavam dezenas acusações de bruxaria, nessa época até mesmo a filha de Sarah Good, uma garotinha de apenas quatro anos de idade, serviu como testemunha.
O número de acusadas não parava de crescer, foi então que no dia 27 de maio de 1692, o governador William Phipps criou um tribunal especialmente para os casos de bruxaria. O primeiro julgamento foi o de Bridget Bishop, acusada de bruxaria por ser fofoqueira e promíscua. Ainda que tenha dito que não tinha qualquer envolvimento com bruxaria, ela acabou sendo considerada culpada e se tornou, no dia 10 de junho, a primeira pessoa enforcada sob a acusação de bruxaria.
No mês seguinte, mais cinco mulheres foram condenadas ao enforcamento; em 19 de agosto, foram mais cinco e, em setembro, oito. À época, tanto o ministro Cotton Mather quanto seu filho, Increase Mather, então presidente de Harvard, pediam ao Governo para que não considerasse sonhos e visões como evidências em testemunhos. Os pedidos foram considerados pelo governador Phipps, que estava em um dilema depois de sua própria esposa ser acusada de bruxaria. Com o passar do tempo, as condenações diminuíram, porém, em outubro houve outro caso, onde 56 mulheres foram acusadas, e três destas foram condenadas, as mulheres que estavam presas acabaram sendo liberadas em maio de 1693.
Localizado em Massachusetts, o Museu das Bruxas de Salém é alvo de turismo nos dias de hoje.
Ao todo, 19 mulheres foram enforcadas, diversas morreram na prisão e cerca de 200 pessoas foram acusadas de praticar bruxaria e realizar pactos com o demônio. Com o fim das acusações, dos julgamentos, das prisões e das sentenças, o juiz Samuel Sewall, decidiu pedir perdão publicamente por ter errado em seus julgamentos.
Alguns anos depois, mais precisamente no dia 14 de janeiro de 1697, o Tribunal Geral de Salém promoveu um dia de jejum em respeito às almas das mulheres condenadas. Foi então que em 1711, as famílias das vítimas receberam 600 libras como forma de indenização, mas o estado de Massachusetts só se desculpou formalmente pela atrocidade em 1957, que foram exatos 250 anos após os enforcamentos.
Atualmente, a atração mais visitada da cidade é justamente o Museu das Bruxas de Salém, que exibe documentos da época em cenários idênticos aos tribunais que julgavam as mulheres de então. O lugar é conhecido também por explorar o universo das bruxas ao longo da História.
Vídeos
Confira abaixo alguns vídeos falando à respeito do grotesco episódio das Bruxas de Salém:
Tudo Sobre As Bruxas de Salem (Dead Jack)
Conteúdo produzido pelo canal "O Covil de Jack"
2x15. As Bruxas de Salém (Baseado em Fatos Reais)
Vídeo do quadro "Baseado em Fatos Reais" da Fatos Desconhecidos
A História das Bruxas de Salém - Todo Seu (31 10 17)
Conteúdo produzido no programa "Todo Seu", da Rede Gazeta.
Burkittsville (1771)
Fundada em 1771, no centro norte do estado americano de Maryland, ficava a vila de Blair, que a propósito era localizada à duas horas da capital Washington. Tipicamente, tratava-se apenas de mais uma cidade pacata americana, a qual obtinha não mais do que duas ruas e uma dúzia de casas, porém, que começaria a ter seu nome registrado para sempre na história, quando em fevereiro de 1785, várias crianças acusaram uma mulher chamada Elly Kedward de atraí-las para sua casa afim de extrair o sangue delas. No meio do inverno daquele ano, a bruxa foi considerada culpada, e posteriormente, expulsa do vilarejo. Sendo deixada na floresta a sua própria sorte, o que certamente deve ter causado sua morte, talvez ela tenha morrido congelada, mas dizem que ela se afogou depois de cair na água gelada enquanto andava na floresta a noite.
Em novembro de 1786 algo além do grotesco aconteceu, pois todos os acusadores de Kedward, junto com metade das crianças da cidade desaparecem, diante disso, os habitantes remanescentes abandonaram Blair e juraram nunca mais pronunciarem o nome de Elly Kedward novamente, temendo uma possível maldição.
Burkittsville
Algumas décadas se passaram, e em 1824, a cidade foi reconstruída e repovoada, e passou a ser conhecida por um novo nome: Burkittsville. Entretanto, apenas um ano depois da reforma, uma menina de 10 anos chamada Eileen Treacle morreu por afogamento e onze testemunhas afirmaram que a garota parecia ter sido puxada por uma mão submersa que a impedia de retornar a superfície.
Na década de 1940, mais um caso assustador envolvendo a pequena cidade reforçou ainda mais a ideia de que ela estava sofrendo com a existência dessa maldição lançada por Elly, nesse caso, Rustin Parr, um velho ancião da região, iniciou uma série de sequestros em Blair, onde uma das características comum atribuídas a ele, era o ato de levar suas vítimas, exclusivamente crianças, para a sua cabana. Foram 8 crianças sequestradas, com um saldo de mortes de 7 delas, contando apenas com um sobrevivente.
No ano seguinte, Parr confessou os sequestros seguidos de assassinatos, e dizia que uma voz sussurrava aos seus ouvidos ordenando-o a agir com essa crueldade e friezas, que em circunstâncias normais seriam impossíveis. O que deu mais um ponto de reforço as suspeitas da veracidade da maldição lançada por Elly.
Não há mais registros de desaparecimentos em Burkittsville, até a chegada de três estudantes de cinema em outubro de 1994...
Inspiração para o Cinema
Determinados a investigar a lenda da maldição da Bruxa de Blair, três estudantes universitários de cinema, Heather Donahue Montgomery, Joshua Leonard e Michael Williams, decidem fazer um projeto escolar sobre o caso. Eles chegam em Burkittsville no dia 20 de outubro de 1994, e começam a entrevistar seus habitantes.
Heather entrevista Mary Brown, uma mulher velha e praticamente insana que morou nessa área durante toda a sua vida. Mary afirma ter visto a bruxa de Blair perto de Tappy Creek na forma de uma besta peluda.
No início da manhã do dia seguinte, Heather entrevista dois pescadores que contam para os cineastas que Coffin Rock é menos de vinte minutos da cidade, e que é facilmente acessível por uma antiga trilha. Os cineastas caminham pela floresta à dentro de Black Hills e nunca mais são vistos.
Após algum tempo, alguns estudantes do Departamento de Antropologia de Maryland descobrem uma bolsa contendo latas de filmes, fitas DAT, vídeo-cassetes, uma câmera Hi-8 vídeo, o diário de Heather e uma câmera de filme CP-16 enterrados sob a fundação de uma cabana de 100 anos de idade. Quando a evidência é analisada, Ron Cravens, xerife de Burkittsville, anuncia que os pertences encontrados são dos três estudantes desaparecidos, a lenda diz que isso fez com que Angie Donahue, a qual era supostamente a mãe de Heather, procurasse um meio de barganhar com alguma produtora afim de transmitir esse conteúdo.
Tudo isso viria à se tornar cenário de um filme lançado em 1999, intitulado "A Bruxa de Blair", foi responsável por deixar o mundo inteiro diante do pavor, pois na época as pessoas realmente acreditavam que o seu conteúdo era verídico, isso fez com que o filme fosse um sucesso estrondoso, e responsável ao revolucionar os filmes de terror com seu estilo de Found Footage. Hoje temos diversos vídeos e filmes com esse estilo, mas tudo começou graças à esse filme, que na época teve incríveis recordes de bilheteria.
The Blair Witch Cult
Em novembro de 1809, um livro foi publicado: "The Blair Witch Cult", este que foi considerado misterioso, trata-se de uma única edição que está bastante destruída e mal pode-se ler seu conteúdo, mas pequenas partes ainda legíveis nos revelam que ele conta a história de Elly, a bruxa que foi abandonada na floresta para morrer, abaixo você pode conferir um trecho:
“A velha horrorosa arrancou a cabeça do menino do corpo e manchou toda a Igreja com o sangue quente dele. Notei que um dente de cão surgia na perna dela… e ela controlava os animais da floresta. Dentro dos buracos da falada parede, encontraram diversos marionetes, feitos com gravetos e pedaços de pano, todos sem cabeça. Despertando em uma noite, ele viu claramente uma mulher entre o berço e as camas ao lado, olhando sobre ele. Ela desapareceu… E ele encontrou todas as portas batendo… Logo viu a mesma mulher, na mesma aparência novamente, e disse: “Em nome de Deus, o que é que você é?” Ela caminhou para longe e no seu lugar havia sangue… Ela foi acusada de bruxaria por diversas crianças na vizinhança, Kedward antes dos magistrados, negou a acusação que está sendo colocada em cima dela…”
Vídeos
Confira alguns vídeos falando à respeito da verdadeira história da bruxa de Blair:
A Verdadeira História do filme "A Bruxa de Blair"
Conteúdo produzido por Mateus Fornazari (Vídeo de 2014)
A Lenda da Bruxa de Blair O Filme "Bruxa de Blair"
Conteúdo produzido por Mateus Fornazari (Vídeo de 2016)
1x19. Burkittsville
Episódio da 1ª edição do quadro "E se for verdade?" na Fatos Desconhecidos
9x10. A Bruxa de Blair
Conteúdo produzido pelo canal "Você Sabia?"
As Classificações das Bruxas
As bruxas são aquelas mulheres que realmente sabem do poder que possuem, e do quanto são divinas dentro da Natureza, em tese, são mulheres que possuem um amor imensurável pelo conhecimento e por seus atributos femininos. Abaixo você pode conferir uma lista dos tipos de bruxas e as suas características:
As bruxas são aquelas mulheres que realmente sabem do poder que possuem, e do quanto são divinas dentro da Natureza.
Bruxa Cerimonial: É uma pessoa que combina as práticas de bruxaria e magia cerimonial, costumam usar uma combinação de disciplinas, e geralmente enfatizam a cabala, ou então a magia egípcia em seus rituais.
Bruxa Eclética: Uma abordagem individual na qual a bruxa escolhe a partir de diferentes tradições e cria um formulário personalizado de bruxaria que atenda às suas necessidades e capacidades individuais. Elas não seguem uma determinada religião ou tradição, mas estudam e aprendem muitos sistemas diferentes e usam o que funciona melhor para elas.
Fairy Witch: Conhecidas por se dedicarem ao mundo das fadas, seus feitiços são com a presença delas, seus rituais são para elas, seu lar tem todo um toque de fadas, sempre procurando a se conectar com o mundo das fadas em suas magias do cotidiano, importante notar é que elas não têm nenhuma organização ou tradição, e desenvolveram a sua própria vontade através da prática comum.
Green Witch: Essas bruxas são extremamente conectadas a natureza, realizando seus trabalhos mágicos em meio às flores, árvores, plantas e florestas. Sua principal função é se comunicar com a Mãe Natureza, para assim, extrair energia desta deidade. Essas bruxas pesquisam sobre as plantas e as suas funções mágicas para os benzimentos, poções, pátuas verdes, pós e banhos. Elas também gostam de inserir suas plantas nos lugares adequados, uma praticante de feitiçaria cujo foco é a utilização de artigos naturais e lugares meio à natureza.
Kitchen Witch: Uma praticante de feitiçaria que usa as ferramentas da cozinha para trabalhar suas magias e criar seus rituais, lidando com o lado prático da religião, magia, e com os Elementos da Terra. Trata-se da descoberta do sagrado nas tarefas diárias, não importa o quão banais que possam parecer ser, um tipo mais popular de feitiçaria é sobre como trabalhar com as energias da natureza para fazer a cozinha e a casa num lugar seguro e sagrado.
Bruxa Solitária: Esta é aquela que pratica sozinha suas magias, sem um Coven e sem seguir nenhuma tradição em particular. Às vezes, elas estão entre essa classe de bruxas naturais cujas habilidades foram desenvolvidas em vidas anteriores. Existe uma lenda entre os bruxos que, após praticar por várias vidas, o conhecimento da arte é despertada quando se passa pela puberdade.
Bruxa Xamã: Como o próprio nome já sugere, refere-se à um caminho para a natureza xamânica, uma vez que são praticantes de uma espiritualidade na Terra. Elas se engajam em voo espiritual e na viagem para o “Outro Mundo”. Elas podem, nessa qualidade, serem parteiras e curandeiras. Em aldeia elas representam o limite que existe entre este mundo e o mundo espiritual.
Os métodos de iniciação requerem conscientização e aceitação, que são fatores necessários para se tornar uma bruxa.
Bruxa Hereditária: Conhecida como uma tradição de família de bruxas, ela é alguém que obteve “Os Velhos Caminhos” como uma tradição transmitida através das gerações de sua família. Embora você possa ter nascido em uma família com a tradição, você não necessita de ser uma bruxa, a pessoa precisa de ter conscientização e aceitação, que são fatores necessários para se tornar uma bruxa.
Bruxa Elementar: Estas são focadas na energia dos quatro elementos.
Bruxa Estelar: Possuem a habilidade de cultuar a energia proveniente de astros e estrelas.
Bruxa Oraculista: Possuem a especialização em oráculos e habilidades de adivinhação.
Bruxa Sonora: Estas trabalham com a energias sonoras, como as músicas, as preces, as mantras, os instrumentos musicais e o seu simbolismo.
Bruxa das Pedras: Essas possuem a especialização em pedras e em suas propriedades, cores formatos e funções nos ambientes e até fotos e patuás. Essas bruxas sabem que as pedras imantam energia e as utiliza colocando-as nos locais corretos da casa, são caracterizadas por também utilizarem elixires.
Bruxa Ourive: Caracterizada por trabalhar com a energia oriunda de jóias, brincos e talismãs mágicos, esse tipo de bruxa valoriza coisas raras, e costumam buscar caixas, relicários, ornamentos, e objetos para usar ou imbuir de energia mágica. As bruxas ourives também conhecem muito as energias das formas, símbolos, pedras e metais.
Grimórios
Os grimórios são livros antigos que retratam assuntos envolvendo a magia e o ocultismo.
Os grimórios são livros antigos que retratam assuntos envolvendo a magia e o ocultismo, tais contêm correspondências astrológicas, descrições específicas de entidades e listas de anjos e demônios, orientações sobre como efetuar feitiços, conjurar entidades sobrenaturais e a técnica envolvendo feituras de talismãs. Seu conteúdo também pode vim à apresentar símbolos, rituais, orações e até mesmo criação de objetos. Muitos desses livros desapareceram com o tempo, foram queimados pela Inquisição e é possível que alguns estejam presentes em coleções particulares.
As capas costumam apresentar aspectos perfeccionistas, possuindo detalhes e símbolos, são manuscritos cheio de detalhes, e na maioria das vezes, tratam-se de livros em proporções bem grandes. O conteúdo pode variar bastante, considerado que existem vários tipos de grimórios, geralmente estes livros apresentam aspectos que envolvem:
Magia Branca
Magia Negra
Maldições
Estudo da Magia
Contratos
O apogeu de livros desse tipo foi no Século 18, muitas vezes redigidos à pseudônimos como uma forma de driblar a inquisição.
Os grimórios são considerados muito valiosos, porém, o conteúdo é algo que deve ser seriamente avaliado antes de mais nada. Alguns foram codificados para que apenas os iniciados pudessem entender, e mesmo que esse não seja o caso, quando o material é traduzido, acaba-se perdendo o sentido oculto e real. O apogeu de livros desse tipo foi no Século 18, muitas vezes redigidos à pseudônimos, o motivo era para que esses autores anônimos não fossem acusados de bruxaria, um ponto interessante é que isso faz com que encontramos alguns livros que supostamente teriam sido escritos por Salomão, Moisés e Enoque, tudo graças à essa maneira de fugir da Inquisição.
Infelizmente, quase nada que é raro em questão de livros chega na internet a ponto de virar um PDF, muito menos quando seu conteúdo envolve magia e ocultismo. Os livros são raros, e as suas edições esgotadas são muito caras, é fato que alguns títulos nem são conhecidos pela maior parte das pessoas.
Bem, a verdade é que a possibilidade de você encontrar um grimório original é realmente muito pequena, são raros, e na maioria das vezes, são escritos em francês ou latim. É suspeito que alguns grimórios originais podem estar presentes em bibliotecas privadas da França.
Abaixo uma lista dos Grimórios mais conhecidos:
Livro de Abramelin - Este trata-se de um livro que descreve um procedimento ritualístico, pelo qual um aspirante espiritual poderia invocar o seu Santo Anjo Guardião. Uma vez obtida a cooperação de seu Santo Anjo Guardião, o aspirante poderia passar a controlar todos os espíritos da natureza e infernais. Por outro lado, caso cometa alguma falha ao executar essa magia, ele poderia tornar-se insano.
The Black Pullet - É um grimório que se propõe a ensinar a ciência envolta de talismãs mágicos, amuletos e anéis, esta obra também inclui artes da Necromancia e da Cabala.
A Chave de Salomão - Atribuído supostamente ao Rei Salomão, mas com sua origem provavelmente situada na Idade Média. Esse grimório contém uma coleção de 36 pantáculos, pra quem não sabe, pantáculos são todos os símbolos que possuem um significado de natureza mágica ou esotérica; Estes que possibilitariam uma ligação entre o plano físico e os planos sutis. Os textos parecem ter a sua inspiração em ensinamentos cabalísticos e talmúdicos.
The Lemegeton - Também conhecido como "A Chave Menor de Salomão", trata-se de um grimório que contém descrições detalhadas dos Principados-Maiores, Principados-Menores, Potestades, Hostes da Maldade. Há todas as conjurações necessárias para invocá-los e obrigá-los a obedecer ao conjurador.
Necronomicon - Alegadamente, o Necronomicon seria um grimório onde são descritos numerosos rituais para ressuscitar os mortos, além de ensinamentos envolvendo o contato com entidades sobrenaturais e da viagem por dimensões onde habitam estas entidades. Dizem que a sua simples leitura, já basta para provocar a insanidade mental, e em alguns casos, pode levar o leitor a óbito, por este motivo, é considerado um livro amaldiçoado.
O Livro de São Cipriano - É um suposto grimório que contém diversos rituais envolvendo o ocultismo, há também retratações envolvendo o exorcismo no livro, além de magias e simpatias com múltiplas finalidades, inclusive para o cotidiano.
Liber Iuratis - É um grimório supostamente usado em prol da magia negra. É um dos grimórios medievais mais antigos e influentes no ocultismo e bruxaria contemporâneos. O livro pode ser categorizado como um dos "grimórios salomônicos" por usar muitos poderes angelicais e chaves (conjuros mágicos) parecidos com os da clássica Chave de Salomão.
The Formicarius - Um dos livros mais perigosos de todos os tempos, é responsável por apresentar um dos primeiros modelos conhecidos envolvendo o pacto com o capeta.
Le Grand Grimoire - Outro livro considerado muito perigoso, o Grande Grimório é visto por estudiosos como o grimório mais poderoso de todos os tempos, e abrange um tema envolvendo hierarquias demoníacas, seitas satânicas e magia negra.
Wicca
A Wicca se dedica ao conhecimento da espiritualidade a partir da natureza e da psique humana.
A Wicca é uma religião centrada no culto ao Sagrado Feminino que retoma práticas antigas pagãs e as transporta para o mundo atual, pode ser considerada uma religião pagã que se dedica ao conhecimento da espiritualidade a partir da natureza e da psique humana.
Os adeptos dessa crença acreditam na existência de dois deuses: um masculino chamado de Cerunos, e outro feminino, que é a Deusa Mãe.
Deusa-Mãe - incriada e criadora, sempre existiu. Seu estado feminino permite encarnar as três condições da vida humana: virgindade (inocência), mãe (plenitude), anciã (sabedoria). Representada pela lua, sua adoração inclui a exaltação da fertilidade e do saber da cura e do cuidado.
Cerunos - também conhecido como o deus Cornífero é o esposo da deusa mãe. Um deus que nasce, morre e renasce, assim como a própria vida, as plantas, estações do ano, etc. Associado à virilidade e à masculinidade foi identificado erroneamente pelos cristãos como o diabo.
Os Wiccanos também acreditam na Reencarnação, aspecto este alegando que todas as ações humanas voltam para quem as praticou e não aceitam a ideia de uma personificação do mal. Seus adeptos se reúnem durante as festas, estas que são conhecidas como os Solstícios e os Sabbats, a fim de realizar rituais de agradecimento, renovação e pedidos aos deuses. As festas e celebrações da Wicca são ligadas à natureza e às estações do ano, assim como acontecia no paganismo.
A Celebração Wiccana
A Celebração Wiccana ocorre a cada passagem cíclica da natureza, ou seja, na passagem de uma estação a outra, abordando toda a história de suas divindades, enfatizando o nascimento, a morte e o renascimento.
Certamente existem diferenças entre os rituais originais dos tempos antigos em que as sociedades se baseavam na natureza para se sustentar e os ritos urbanos atuais, mas é importante compreender a origem dessas celebrações e as intenções dos adeptos deste caminho.
Os praticantes da Wicca acreditam que a Terra é o corpo vivo da Deusa-Mãe. Suas manifestações devem ser celebradas pois somos co-criadores de todas as coisas, deste modo, os rituais auxiliam os poderes da natureza a continuarem agindo de forma cíclica mantendo assim o equilíbrio das forças do Planeta Terra.
Há vários rituais que podem ser praticados em grupos grandes, pequenos ou mesmo sozinhos, o importante é que o ambiente esteja limpo, purificado com ervas, e que o altar esteja arrumado. As pessoas envolvidas devem saber de antemão qual será sua função dentro do ritual para que não haja dispersão de energia física ou espiritual. Sendo assim, os elementos e as deidades são invocados ao fazerem um círculo.
Ao terminar, o círculo é rompido, e pouco a pouco os participantes voltam ao presente, é comum que nas cerimônias haja distribuições de alguns alimentos ou bebidas para ajudar à relaxar neste momento.
Vídeos
Wicca - Todo Seu (31 10 16)
Conteúdo produzido no programa "Todo Seu", da Rede Gazeta.
Wicca para os Iniciantes & Guia de Estudo Pagão
Conteúdo produzido por Beatriz Cristina
Dúvidas sobre Wicca
Conteúdo produzido pelo canal "Uni"
Wicca vs Bruxaria Natural
Conteúdo produzido pelo "Canal Nebulosa"
Simbolismo
A vassoura é considerada importantíssima antes de iniciar um rito ou trabalho, porém, acredita-se que nada pode brotar ou germinar sem que antes seja limpa.
Os símbolos de bruxaria são repandidos pelo mundo inteiro, e muitas vezes nem nos damos conta de que mantemos ou já mantivemos contato com um destes símbolos, responsáveis pela criação e troca de energias mágicas, os símbolos de bruxaria também servem como objetos de proteção e são importantes para a cultura ceita e aos parâmetros de vida.
Caldeirão: Um dos símbolos principais da bruxaria é responsável por representar o Grande Útero: o Útero da Deusa-Mãe. Portanto, nesse Útero vai tudo que se quer ver “nascer”: poções, ervas, feitiços, comidas. E por ser um útero, lá também é o espaço perfeito para proteger tudo aquilo que é importante para nós. Esse objeto que é um dos principais símbolos de bruxaria é geralmente preto e feito de ferro, e o seu tamanho varia de pessoa pra pessoa, e da forma como será utilizado.
Vassoura: Outro símbolo muito conhecido das bruxas, este é responsável por representar a fertilidade. O cabo da vassoura representa o falo (pênis), enquanto que a palha representa a vagina. Assim, as bruxas pulavam com a vassoura entre as pernas nos seus ritos para simbolizar a prosperidade de suas colheitas. Depois, a vassoura, poderia ser usada pelas bruxas como um elemento doméstico, sem que ninguém desconfiasse de suas práticas. É considerada importantíssima antes de iniciar um rito ou trabalho, porém, acredita-se que nada pode brotar ou germinar sem que antes seja limpa.
Gato Preto: Algumas lendas sugerem que as bruxas se transformam em gatos pretos, e que estes animais também incorporam o espíritos de pessoas já mortas. O animal também é muito associado ao Halloween. Durante a Idade Média, os gatos pretos chegaram a entrar na lista da inquisição, acusados de serem seres hereges pelo fato de estarem presentes em locais habitados por Bruxas, entretanto, é sempre bom ressaltar que os Gatos Pretos originalmente não eram considerados símbolos de azar e muito menos malignos, pois na Pérsia era considerado um Espírito Amigável e Sábio, e no Egito era a personificação da deusa Bastet, a qual representava a sorte, a saúde e a boa fortuna. O animal é concebido também por algumas tradições como um servidor do inferno, ele seria um companheiro do guardião do céu, a quem ajuda a atirar as almas pecadoras nas águas do inferno.
Varinha: Ela é utilizada para fazer conjurações e direcionar a energia com um propósito específico. A varinha representa o elemento fogo, e por esse motivo é considerada uma condutora energética. Geralmente é feita com galhos de árvore e tem um tamanho médio de 50 cm.
As poções podem ser preparadas no caldeirão e armazenadas em frascos escuros para que seu poder não se esvaia.
Poção: As poções são líquidos feitos a partir das ervas, óleos e água para afastar energias ruins, bem como para atrair vibrações positivas. Podem ser preparadas no caldeirão e armazenadas em frascos escuros para que seu poder não se esvaia. É importante o trabalho de energização verbal dessas poções, pois acredita-se que as palavras se plasmam ao líquido, aumentando o poder energético dos mesmos.
Lua Tripla: Este símbolo é muito antigo, e representa as três fases da lua: crescente, cheia e minguante. Dizem que o espaço em branco é onde encontramos a lua nova, como se o quê não pudéssemos ver fosse a nova fase de nossa vida, um futuro que é premeditado. Na cultura celta, serve como uma triluna, ou seja, representa uma donzela, uma mãe e a anciã.
Triskelion: Também pode ser chamada de “Triskele Celta”, este símbolo também tem suas origens remotas, e é encontrado em pinturas e em gravuras antigas. Trata-se da simbologia do feminino na bruxaria, passando em cada ponta pela evolução cíclica da virgem em mãe e da mãe em velha. Pode ser utilizado como um talismã protetor, e o seu caráter de tríade nos mostra a mente, o corpo e o espírito humano.
Heptagrama: Conhecido também como o “pentagrama de sete pontas”, é uma estrela com sete lados pontudos utilizada em vários ritos mágicos. Dizem que cada ponta é referente a imaginação das cores do arco-íris, o que nos representaria o céu, o universo e o seu infinito. De toda forma, o número sete é considerado essencial na numerologia e nos rituais cabalísticos.
Pentagrama: Muitas pessoas nutrem ideias erradas sobre o pentagrama. Ele é originalmente ligado à bruxaria e não ao satanismo. Assim, cada uma de suas pontas representa um elemento natural: o ar, o fogo, a água, a terra e o espírito, também conhecido como o quinto elemento, pois esta noção de “espírito” é muito mais profunda do que podemos imaginar. Muitos povos utilizavam o pentagrama como amuleto da sorte.
Pentáculo: É também muitas vezes utilizado como amuleto, trata-se de um pentagrama dentro de um círculo, tal simboliza a união e a unidade, respectivamente: o corpo e o espírito. De tal modo, as cinco pontas do Pentagrama simbolizam os quatro elementos da natureza (ar, água, fogo e terra) e a sua ponta é o éter, que representa o espírito.
Ankh: Entre origens celtas e egípcias, a cruz ansata é muito utilizado nos dias de hoje como um símbolo da religião Wicca. Ela possui significações muito femininas, como a proteção corporal, a reencarnação do sexo, a imortalidade e a fertilidade. Em alguns ritos, ela é utilizada para que a virgem possa se tornar mãe através de magias em prol de sua fertilidade.
Athame: Trata-se de um punhal cerimonial utilizado para direcionar a energia e a manipulação de poder.
Triskelion
Pentagrama
A Lua Tripla
Heptagrama
Ankh
1/5
Habilidades
Ergokinesis - Graças à facilidade de compreensão da natureza, as bruxas conseguem trabalhar muito bem com as energias presentes no cotidiano.
Vitakinesis - É compreensível considerar a cura como um poder das bruxas, visto que seus conhecimentos envolvendo a natureza são bem peculiares em relação à ervas medicinais.
Longevidade - De fato, as bruxas podem viver mais do que as pessoas normais, talvez isso aconteça pelo fato de estarem em constante contato com a natureza e com os aspectos de cura energéticos.
Scrying - Em praxe, é dito que a utilização de cristais, espelhos e prismas, permitem que algumas espécies de bruxas consigam realizar a clarividência e a precognição.
Clarividência - Scrying é uma sub-habilidade da Clarividência.
Necromancia - As bruxas possuem o talento para se comunicar com o mundo dos mortos afim de obterem informações do futuro.
Precognição - Não é nada difícil encontrar bruxas com poderes proféticos.
Conjuração - Devido aos conteúdos presentes em grimórios, as bruxas possuem um conhecimento bem amplo envolvendo rituais de invocação, tais estes podem envolver tanto aspectos voltados para o bem, como energias angelicais, e quanto aspectos voltados para o mal, como energias malignas.
Projeção Astral - Não é nada incomum as bruxas possuírem a habilidade de projetar a alma para fora do corpo enquanto dormem.
Bi-Locação - Essa habilidade possui aspectos semelhantes com a Projeção Astral, porém, a única diferença é que nesta, a alma é projetada enquanto a pessoa está em sua vigília (acordada).
Percepção Extra-Sensorial - Ao obter um constante contato com os aspectos energéticos da natureza, as bruxas são capazes de desenvolver o sexto sentido.
Telecinese - Podem desenvolver poderes telecinéticos, isso acontece devido à Psychokinesis, a qual é alcançada pelo constante contato com as energias da natureza.
Vulnerabilidades
Magia Branca - As bruxas que são consideradas do mal e praticam Magia Negra, podem ser facilmente combatidas com a Magia Branca.
Sal - As lendas sugerem que essa substância pode enfraquecer os poderes das bruxas.
Aço - As lendas sugerem que esse objeto também pode enfraquecer os poderes das bruxas.
Observações
A tradicional festa de Halloween, que ocorre no mês de outubro, ajuda a fortalecer bastante o folclore das bruxas.
A Psychokinesis é um campo da parapsicologia que estuda fenômenos telecinéticos.
A Wicca não desconsidera o culto à panteões.
Heinrich Kramer pode sim, ser considerado um dos maiores vilões da história da humanidade, visto que foi graças à ele que as mulheres obtiveram uma imagem distorcida na sociedade.
É de super importância ressaltar que nem todas as bruxas são do mal, sendo que sua imagem foi meramente distorcida na Idade Média.
A concepção maliciosa das Bruxas, pode ser explicada pela perseguição e cristianização da Europa durante a Idade Média, aspecto que acabou influenciando não só o Malleus Maleficarum, mas como também vários escritores romantistas do Século 19.
Infelizmente, nos dias de hoje, os Grimórios verdadeiros não são facilmente encontrados, a maioria das edições distribuídas são meramente falsificadas, e deve-se tomar muito cuidado para não pagar por algo assim, sendo assim, o importante é pesquisar a respeito de fontes confiáveis, antes de compra-los.
O Manuscrito Voynich é considerado por alguns como um possível grimório, apesar de seu texto nunca ter sido decifrado.
Embora o Necronomicon seja considerado por muitos como um grimório real, há discrepâncias que alegam que ele é apenas um livro fictício, que teria sido recorrente em uma obra de H.P. Lovecraft.
No Brasil, as bruxas gostam muito de utilizar alecrim para trazer felicidade e arruda para afastar o mal.
Os Wiccanos costumam realizar reuniões, afim de aprofundar seus conhecimentos sobre a religião.
Uma lenda muito antiga acreditava que a mulher que parisse sete filhas, teria a sétima filha nascida bruxa, sendo assim, quando esta última criança se apresentasse ao mundo, deveria ser colocado na porta do seu quarto uma cruz de seis pontos, significando o sinal de São Salomão.
