Na Mitologia Egípcia, Bastet é uma divindade solar, geralmente é tratada como a figura de uma mulher com uma cabeça de um gato preto que tinha na mão um instrumento musical que era considerado sagrado, tal é o sistro, e algumas vezes, obtinha na orelha um grande brinco, bem como um colar e um cesto onde colocava as crias.
A Mulher Gato dos Egípcios
Adorada por sua natureza maternal e protetora, essa deusa é a filha do Deus do Sol e está intimamente associada ao gato doméstico. Ela também é considerada deusa da fertilidade, além da protetora das mulheres grávidas. Era frequentemente pintada diante de gatos e acreditava-se que ela era poderia ser feroz quando necessário, pois os gatos conseguiam matar as cobras, uma das criaturas mais mortais do Antigo Egito.
O centro de culto a Bastet estava na cidade de Bubastis, na região oriental do Delta do Nilo. Nos seus templos foram criados gatos que eram considerados como encarnação da deusa e que eram por essa razão tratados da melhor maneira possível. Quando estes animais morriam eram mumificados, sendo enterrados em locais reservados para eles.
Os Felinos Sagrados

Na Antiguidade, os gatos pretos eram sinônimos de sorte, saúde e boa fortuna.
Os gatos no antigo Egito eram muito reverenciados, em parte devido à sua capacidade de combater alguns animais que eram considerados como pestes, como as ratazanas que ameaçavam o abastecimento de alimentos-chave e as cobras. Houve até casos em que alguns gatos ficavam em meio à realeza e eram vestidos com joias de ouro, sendo assim, autorizados a comer dos pratos de seus donos.
O Templo de Per-Bast
No templo de Per-Bast muitos gatos foram encontrados mumificados e enterrados, muitos destes eram encontrados ao lado de seus donos. Mais de 300 mil gatos mumificados foram descobertos quando o templo de Bast em Per-Bast foi escavado. A principal fonte de informações sobre o culto de Bast vem do historiador Heródoto, que visitou Bubastis por volta de 450 a.C, durante o auge do culto. Ele equiparou Bastet com a deusa grega Ártemis. Ele escreveu extensivamente sobre o culto. Turner e Bateson sugerem que o estado do gato foi aproximadamente equivalente ao da vaca em Índia moderna.
A morte de um gato poderia deixar uma família em um luto exorbitante, e sempre que as pessoas podiam, costumavam embalsamar ou enterra-los em cemitérios de gatos (sim, isso existe), apontando para a grande prevalência do culto de Bastet. Enterros extensos de restos de gato foram encontrados não só em Bubastis, mas também em outras regiões como Beni Hasan e Saqqara.
Observações
- É curioso notar que diferente de crenças medievais, na antiguidade, os gatos pretos eram vistos como símbolos de sorte, saúde e boa fortuna.
- É frequentemente confundida com Sekhmet.
- A deusa está presente no panteão desde a época da 2ª dinastia.